O inglês Jolyon Palmer já largou no GP de Cingapura sabendo que não renovaria o contrato com a Renault para a temporada de 2018. Era uma crônica de uma demissão anunciada: depois de 13 etapas, não havia marcado pontos, enquanto Nico Hulkenberg, seu companheiro, já somava 34. Sainz foi anunciado para seu lugar, e havia suspeitas de que seu afastamento aconteceria de imediato.
Talvez usando a raiva como combustível, Palmer provou seu valor nas ruas de Marina Bay. Andou na frente de Hulkenberg, não perdeu o controle do carro nem a cabeça em uma pista exigente, em mudança constante de condições climáticas. Terminou em sexto.
A prova de seu valor, veio tarde demais, no entanto. Em Suzuka, neste sábado (7), a Renault anunciou aquilo que os boatos já preconizavam: que vai prescindir dos serviços do inglês e trazer Sainz para seu lugar nas últimas quatro provas de 2017. Com a irregularidade de seu ano e a dança das cadeiras estabilizada, é difícil que ele consiga uma nova chance na categoria.
Apesar de ter sido o campeão da GP2 em 2014 (Pela Dams, uma das equipes mais ricas de um grid que costuma premiar contas bancárias com bons resultados), o piloto de 26 anos já chegou ao topo do automobilismo sob olhares desconfiados.
Jolyon, afinal, é filho de Jonathan Palmer, um piloto cuja passagem pela F-1 só é lembrada por meia dúzia de súditos da rainha Elizabeth. Seu maior feito foi ter conquistado o Troféu Jim Clark em 1987, um campeonato paralelo disputado por quem corria com motores aspirados. Na tabela geral, o então piloto da Tyrrell marcou sete pontos pouquíssimo memoráveis.
Quando finalmente pendurou o capacete, Jonathan se tornou comentarista da TV britânica, no que se mostrou muito mais bem-sucedido. Passou a investir em autódromos da Inglaterra e hoje acumula uma pequena fortuna, além de bons contatos no paddock.
O “paitrocínio” é a razão mais apontada para a ascensão meteórica de Jolyon até a F-1. A Renault, que não tem problemas de caixa para manter sua operação de competições decidiu que um ou outro bom desempenho não justifica a permanência do jovem atrás de um de seus volantes.
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