No dia em que o mundo do esporte amanhece consternado com a tragédia que se abateu sobre o time da Chapecoense, a história trata de criar um triste paralelo entre futebol e F-1. Também em um dia 29 de novembro, em 1975, uma outra equipe —de automobilismo— sofria um acidente aéreo.
A Embassy Hill havia sido fundada pelo bicampeão Graham Hill em 1973, mas só naquele ano correu com um chassi de sua própria fabricação. O próprio Graham havia dado por encerrada sua carreira de piloto poucos meses antes.
Hill e sua equipe conduziam testes particulares no autódromo francês de Paul Ricard no dia do acidente. O time voltava para a Inglaterra em um monomotor Piper PA-23 e caiu em um campo de golfe, após tentar pousar no aeródromo de Elstree, perto de Londres, em condições de neblina. Morreram, além de Graham, o piloto Tony Brise, o projetista Andy Smallman, o chefe de equipe Ray Brimble e os mecânicos Terry Richards e Tony Alcock.
Era Graham Hill que pilotava a aeronave, que não estava registrada naquele momento. A licença britânica de Hill para voar sob as condições climáticas do momento do acidente estava vencida.
Hill, uma figura extrovertida e popular no paddock, é até hoje o único piloto a ter vencido as 500 Milhas de Indianápolis, as 24 Horas de Le Mans e o GP de Mônaco —cinco edições deste último, recorde quebrado apenas por Ayrton Senna, em 1993.
Após o acidente, sua família passou por dificuldades financeiras, as quais não impediram que seu filho Damon se tornasse piloto de corridas. Ele estreou na F-1 em 1992 e sagrou-se campeão mundial em 1996.
Nico Rosberg, no último domingo, se tornou o segundo filho de campeão mundial a repetir o feito do pai, depois de Damon.