Quem diria que você iria ver outra vez o nome Schumacher na ponta da tabela de um campeonato. Pois é isso o que acontece na Fórmula 4 italiana: Mick Schumacher, filho do heptacampeão, terminou a primeira etapa da temporada, em Misano, na liderança, no último domingo (10).
Mick, de 17 anos, venceu as duas primeiras baterias e garantiu a pole na rodada final, mas seu motor morreu na largada. Ele se recuperou, contudo, para terminar em quarto colocado —devido à impressionante marca de 41 inscritos, a F-4 italiana de 2016 está sendo disputada num sistema complexo que divide cada etapa em três rodadas iniciais, das quais cada piloto disputa duas, mais uma rodada final, com os mais bem classificados.
O jovem já demonstra talento desde o kart, no qual competiu a partir de 2008, assinando o sobrenome materno, Betsch, para não chamar a atenção da imprensa e da opinião pública. Em 2015, Mick ingressou na F-4 alemã, onde conseguiu uma vitória, em uma bateria no esquema de grid invertido, já em seu fim de semana de estreia.
Em Misano, no último fim de semana, Mick impressionou por sua condução em pista molhada. Não apenas sua segunda vitória veio sob chuva como, nas mesmas condições, superou os adversários por uma boa margem em uma sessão de treinos.
Nada disso significa, claro, que o piloto tem lugar garantido na Fórmula 1 para se juntar a outros tantos filhos de ex-pilotos. Uma vitória é muito pouco para traçar prognósticos —e a história mostra que muitos multicampeões da base jamais conseguiram chegar à categoria principal.
Apesar de tudo, impressiona que o sobrenome Schumacher continue a escrever sua história no automobilismo.
O piloto não comenta, aparentemente nem com seus engenheiros, sobre o estado de saúde do pai, que sofreu um grave acidente de esqui no fim de 2013.
Mick já disputa a primeira etapa da F-4 alemã, em Oschersleben, no próximo fim de semana. Ele deve correr em ambos os campeonatos simultaneamente este ano, para então, especula-se, tentar o ingresso na Fórmula 3 em 2017.