GridForce India – Grid http://grid.blogfolha.uol.com.br Um olhar aficionado sobre o automobilismo Thu, 19 Oct 2017 12:53:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Entre idas e vindas da prisão, dono da Force India pode se orgulhar do trabalho de sua equipe http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/10/10/entre-idas-e-vindas-da-prisao-dono-da-force-india-pode-se-orgulhar-do-trabalho-de-sua-equipe/ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/10/10/entre-idas-e-vindas-da-prisao-dono-da-force-india-pode-se-orgulhar-do-trabalho-de-sua-equipe/#respond Tue, 10 Oct 2017 09:00:24 +0000 http://grid.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/Vijay-Mallya-180x120.jpg http://grid.blogfolha.uol.com.br/?p=837 Na F-1, o ano de Vijay Mallya tem sido irretocável. A Force India, da qual é dono, tem dois ótimos pilotos e mostra resultados invejáveis no meio do pelotão, à frente de concorrentes que dispõe de orçamentos muito mais polpudos. O magnata só tem a lamentar o fato de ter que ver o êxito, ocasionalmente, atrás das grades.

No início do mês, Mallya foi detido mais uma vez na Inglaterra, a pedido das autoridades indianas, por suspeita de evasão fiscal e lavagem de dinheiro, e solto após pagamento de fiança. Ele já havia sido detido em abril. O Fisco indiano alega que sua equipe de F-1 era o destino de parte do dinheiro sujo.

Mallya nega as acusações da procuradoria do país, que cobra cerca de 1 bilhão de libras esterlinas (cerca de R$ 4 bi) de dívidas não pagas aos cofres públicos.

O império do magnata de Kolkata é anterior à sua entrada no automobilismo, após a compra da Spyker (a linhagem da equipe remonta à simpática Jordan, responsável pelas estreias de Barrichello e Schumacher). Ele começou no ramo de bebidas destiladas e cervejas, até fundar uma companhia aérea.

Mesmo quando deixou de pagar salário para os funcionários da última, até ela fechar, em 2012, Mallya não abria mão de uma vida de playboy. Dava festas épicas em seu iate durante o GP de Mônaco, vivia numa mansão que havia sido do pai de Lewis Hamilton, em Hertfordshire, e pintou suas iniciais em ouro nos motores e asas de seu Airbus A319 particular.

Na pista, a Force India vive com poucos luxos, com o caixa mais apertado que concorrentes diretos. Está em quarto lugar na tabela de Construtores, 81 pontos à frente da vexaminosa temporada da Williams. Sergio Pérez e Esteban Ocon são pilotos agressivos e competitivos e, apesar de quase terem se matado um ao outro no GP da Bélgica, em um dos melhores pegas do ano, merecem estar onde estão.

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Force India adota a cor mais polêmica da história do automobilismo para 2017 http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/03/16/force-india-adota-a-cor-mais-polemica-da-historia-do-automobilismo-para-2017/ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/03/16/force-india-adota-a-cor-mais-polemica-da-historia-do-automobilismo-para-2017/#respond Thu, 16 Mar 2017 14:00:49 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16066108.jpeg http://grid.blogfolha.uol.com.br/?p=554
Modelo computadorizado da nova pintura divulgado pela Force India (Force India/Divulgação)

A Force India surpreendeu a F-1 esta semana ao fechar um novo patrocínio principal para a temporada de 2017. O espanto não foi a apresentação da marca, mas sim da nova cor: os carros de Sergio Pérez e Esteban Ocon serão pintados de rosa. Segundo comunicado da equipe, os capacetes dos pilotos apresentarão o mesmo tom.

O rosa já foi usado em outros carros e capacetes, até recentemente —Em 2014, Jenson Button usou o rosa para homenagear seu pai, John, notabilizado pelas camisas da mesma cor que usava no paddock. Mas o mundo da F-1 não passou incólume à mudança da equipe indiana: “Agora vocês entendem por que eu saí da Force India”, tuitou Nico Hulkenberg, sobre uma foto da nova pintura de seu antigo time.

A nova Force India, no entanto, está longe de ser o carro rosa mais polêmico da história do automobilismo. O título pertence, incontestavelmente, ao Porsche 917/20, que competiu nas 24 Horas de Le Mans de 1971.

Naqueles tempos, quando a publicidade engatinhava no automobilismo, equipes de todas as categorias disputavam verdadeiras competições paralelas de design para aparecer em destaque nas fotos coloridas das revistas especializadas. Somente a Porsche, que inscrevia carros às dezenas em Le Mans, mantinha três estúdios separados para desenhar o esquema de cores dos carros.

O Porsche 917/20 que competiu em 1971, conhecido como o “porco rosa” (Porsche/YouTube/Reprodução)

Em um deles, encomendado pela equipe Martini, o designer Anatole Lapine decidiu desenhar os cortes de carnes de porco (com seus respectivos nomes em alemão) sobre uma pintura completamente rosa, que emulasse o animal.

Quando viu o carro, Gregorio Rossi di Montelera, o nobre chefe da fábrica de bebidas à época e grande fiador da empreitada da Porsche, ficou possesso. Sob a alegação de que corrida era um esporte para homens e o rosa dava um ar efeminado ao carro, o conde Rossi mandou retirar todos os adesivos da Martini do carro. A fábrica alemã defendeu seu designer e manteve a pintura original —a história é contada no livro “Go Faster”, de Sven Völker.

Para azar do conde Rossi, o “porco rosa” dominou os treinos livres para a competição. Único de todos os 917 construído com uma asa traseira especial, projetada em conjunto com a francesa Sera, superou todas as expectativas na pista. Reinhold Joest e Willi Kauhsen estavam em quinto lugar quando o primeiro saiu da pista e bateu, abandonando a prova.

A ESTREIA DE FITTIPALDI

Também merece menção especial na “galeria rosa” a estreia de Emerson Fittipaldi nas 500 Milhas de Indianapolis. O March da GTS Racing que o brasileiro usou em sua primeira passagem pela competição certamente não era o mais rápido, mas foi um dos mais chamativos do grid em 1984.

Ignoro se a cor teve alguma repercussão negativa para o piloto na época, mas nem de longe foi o carro mais estranho que Emerson pilotou naquele ano. Nos testes pré-temporada da F-1, em Jacarepaguá, o bicampeão deu algumas voltas com uma fraquíssima Spirit que ostentava desenhos do Mickey e do Pateta na carenagem.

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Sergio Pérez, um alento para o esporte mexicano http://grid.blogfolha.uol.com.br/2016/06/30/sergio-perez-um-alento-para-o-esporte-mexicano/ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2016/06/30/sergio-perez-um-alento-para-o-esporte-mexicano/#respond Thu, 30 Jun 2016 15:48:19 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16066108.jpeg http://grid.blogfolha.uol.com.br/?p=231 Sergio Pérez sobre ao pódio no GP da Europa (Maxim Shemetov/Reuters)
Sergio Pérez comemora terceiro lugar no GP da Europa (Maxim Shemetov/Reuters)

Junho não foi um mês auspicioso para o esporte no México: uma das promessas da Copa América Centenário, a seleção do país caiu nas quartas de final, em um humilhante 7 a 0 contra o Chile, que viria a se sagrar campeão do certame.

Os mexicanos podem, pelo menos, ter o automobilismo como alento. Na Fórmula 1, Sergio Pérez, da Force India, vem de dois pódios em três corridas e já é considerado a sensação da temporada.

Em Baku, no GP da Europa, o piloto já tinha se tornado o centro das atenções no sábado, registrando o segundo melhor tempo da classificação. O resultado só lhe valeu a sétima posição no grid, devido à punição por uma troca de câmbio. O show prosseguiu no domingo, porém: lutou a corrida inteira e demonstrou combatividade ao ultrapassar Kimi Raikkonen nas voltas finais, mesmo sem valer a posição de fato, já que o finlandês acumulava uma punição em seu tempo final de prova. Chegou em terceiro.

Se alguém creditar o resultado à conjunção do motor Mercedes às longas avenidas de Baku, o piloto tem como contra-argumento sua brilhante pilotagem no GP de Mônaco, onde também foi terceiro colocado em um circuito travado, cheio de armadilhas, que começou em pista molhada.

O desempenho do mexicano, inegavelmente superior ao do companheiro, Nico Hülkenberg, já coloca Pérez no centro das intrigas da “silly season”, como postulante a substituto de Raikkonen na Ferrari.

A boa fase é mais um motivo para que os mexicanos lotem, mais uma vez, o autódromo Hermanos Rodríguez, que voltou ao campeonato em 2015, após 23 anos de ausência. Mesmo sem Pérez ter a mínima chance de vitória, o carisma do representante da casa foi suficiente para turbinar a festa do público na capital mexicana.

Se o futebol não está lá essas coisas, ao menos os mexicanos têm a chance de voltar as atenções para o esporte a motor. Os brasileiros, igualmente vítimas de uma goleada vexatória, não sabem ao certo se podem fazer o mesmo.

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