GridRali – Grid http://grid.blogfolha.uol.com.br Um olhar aficionado sobre o automobilismo Thu, 19 Oct 2017 12:53:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Robert Kubica retorna a um carro de F-1 pela primeira vez após acidente de rali http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/06/07/animado-kubica-retorna-a-um-carro-de-f-1-pela-primeira-vez-apos-acidente/ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/06/07/animado-kubica-retorna-a-um-carro-de-f-1-pela-primeira-vez-apos-acidente/#respond Wed, 07 Jun 2017 13:30:11 +0000 http://grid.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/Kubica-valencia-2017-teste-180x120.jpg http://grid.blogfolha.uol.com.br/?p=695 Em teoria, o teste privado que a Renault realizou nesta terça (6), no circuito Ricardo Tormo, em Valência, não teve grande importância. O carro era uma Lotus de 2012, e os dados colhidos não devem servir para o desenvolvimento do carro desta temporada. Nem a pista, aliás, está no calendário.

Mas o evento foi especial pelo simbolismo. Quem estava no cockpit era o polonês Robert Kubica. Foi a primeira vez que o mesmo pilotou um F-1 depois do grave acidente de rali que sofreu em fevereiro de 2011, em uma prova na Itália.

Preso nas ferragens de seu Skoda por quase uma hora e retirado com múltiplas fraturas, o piloto teve sua vida retirada de perigo e seus membros preservados após uma cirurgia de sete horas, mas jamais recuperou completamente o movimento da mão direita. A condição afetava sua capacidade de virar o volante, especialmente, nos habitáculos apertados de um F-1, mas não o impediu de continuar a competir nos ralis.

Segundo as publicações da Renault em redes sociais, Kubica “reclamou da aderência, suberterço, downforce e tinha o maior sorriso no rosto após completar 115 voltas” na pista espanhola.

Não há indicações de que o polonês de 32 anos possa voltar à categoria.

Kubica já havia flertado com o retorno às competições em circuito fechado. Em fevereiro, havia assinado um contrato para correr o mundial de Endurance (WEC) pela equipe privada byKolles, num protótipo LMP1, a subcategoria mais veloz do certame. Antes do início da temporada, porém, sua desistência foi anunciada.

Desde então, como registra o blog inglês WTF1, o piloto andou em testes com modelos da GP3, F-E (de carros elétricos) e um protótipo LMP2.

Seu último contato com um F-1 havia sido também numa Lotus —equipe comprada pela Renault para seu mais recente retorno à categoria—, no mesmo autódromo Ricardo Tormo, durante os testes de pré-temporada, três dias antes de sofrer o acidente de rali. Na ocasião, Kubica havia marcado a melhor volta de toda a semana.

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Seis anos após quase perder a mão, Robert Kubica volta às pistas para o Mundial de Endurance http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/02/04/seis-anos-apos-quase-perder-a-mao-robert-kubica-volta-as-pistas-para-o-mundial-de-endurance/ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/02/04/seis-anos-apos-quase-perder-a-mao-robert-kubica-volta-as-pistas-para-o-mundial-de-endurance/#respond Sat, 04 Feb 2017 13:15:33 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16066108.jpeg http://grid.blogfolha.uol.com.br/?p=508 Robert Kubica no GP da Malásia de 2010 (Morio/Wikimedia Commons)
Robert Kubica no GP da Malásia de 2010 (Morio/Wikimedia Commons)

Você se lembra de Robert Kubica? O polonês já fez de quase tudo em carros de corrida. Foi uma fera do kart na juventude, chegou à F-1 em 2006, despedaçou seu carro no GP do Canadá de 2007, venceu a mesma prova em 2008 e, finalmente, quase morreu em um acidente de rali que destruiu a sua mão esquerda, três anos depois.

Agora, Kubica, 32, está pronto para uma nova fase em sua carreira: piloto de protótipos no Mundial de Endurance (WEC). O polonês testou um carro da equipe ByKolles no final de 2016 e deixou uma ótima impressão. Tão boa, na verdade, que acabou contratado para a temporada de 2017.

Isso significa que o polonês vai competir na categoria LMP1, a principal da WEC, em uma equipe independente —ou seja, tem chances quase nulas de vencer alguma corrida na classificação geral.

Ainda assim, é um alento aos fãs de automobilismo ver o piloto retornar à primeira linha das competições em pista fechada. O próprio Kubica declarou que seu objetivo, na WEC, era “encontrar alguma coisa tão parecida quanto possível com a F-1” para voltar a correr.

Kubica sempre se dividiu entre as corridas em pista e fora delas. Mesmo em seus tempos de F-1, o piloto disputava regularmente provas europeias de rali, mas, no dia 6 de fevereiro de 2011, bateu o Skoda Fabia que conduzia e terminou espetado em um guard rail durante uma competição na Itália. Perna, mão e ombro do piloto foram severamente atingidos (seu navegador não se feriu), e as equipes de resgate demoraram mais de uma hora para retirá-lo das ferragens. Correndo risco de morte e após perder muito sangue, foi submetido a uma cirurgia que durou sete horas. Ele ainda realizaria mais duas operações para reconstruir os membros atingidos.

O acidente significou o fim de sua carreira bem-sucedida na F-1, mas Kubica não abandonou o volante: voltou aos ralis e disputou provas do WRC, o mundial da categoria, entre 2013 e 2016. Foi campeão do WRC-2, em 2013, pela Citroën.

Em 2017, Kubica vai dividir o cockpit de seu protótipo com o inglês Oliver Webb e um terceiro piloto a ser definido pela ByKolles.

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Com vaga garantida na Mercedes, Valtteri Bottas é a nova cara do ‘milagre finlandês’ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/01/17/com-vaga-garantida-na-mercedes-valtteri-bottas-e-a-nova-cara-do-milagre-finlandes/ http://grid.blogfolha.uol.com.br/2017/01/17/com-vaga-garantida-na-mercedes-valtteri-bottas-e-a-nova-cara-do-milagre-finlandes/#respond Tue, 17 Jan 2017 19:30:14 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/16066108.jpeg http://grid.blogfolha.uol.com.br/?p=470 Valtteri Bottas é apresentado oficialmente como piloto da Mercedes (Mercedes F1/Divulgação)
Valtteri Bottas é apresentado oficialmente como piloto da Mercedes (Mercedes F1/Divulgação)

Valtteri Bottas foi confirmado pela Mercedes como o grande beneficiário da aposentadoria precoce do campeão Nico Rosberg. O finlandês sai da Williams para a missão nada fácil de ser o companheiro de equipe de Lewis Hamilton. Seria arriscado apostar em Bottas para superar o inglês, mas, pela primeira vez, o piloto pode dizer que tem carro para brigar por vitórias na F-1.

Com isso, a Finlândia ganha um novo nome em sua lista de pilotos que ascenderam ao primeiro escalão do Mundial, e que em 2017 também conta com Kimi Raikkonen, na Ferrari. Mas não é de hoje que o país escandinavo, com 5,4 milhões de habitantes (menos que a cidade do Rio de Janeiro), sem um autódromo decente e que nunca recebeu um GP da categoria principal consegue formar tantos bons pilotos. Quais seriam, então, as razões do “milagre finlandês” na F-1?

O jornal inglês “The Guardian” se propôs a responder a essa pergunta em uma matéria de 2008 —e, para isso, entrevistou duas promessas finlandesas dos anos 90 que não deram certo, JJ Lehto e Mika Salo. Apesar dos resultados pouco expressivos, os veteranos deram algumas pistas interessantes.

Em primeiro lugar, parecia ser comum que finlandeses tivessem o primeiro contato com o volante desde cedo, ilegalmente. Com pouca concentração populacional, não é difícil para os jovens encontrarem ruas ociosas para treinarem suas habilidades. Além disso, muitas estradas do país são de terra, o que ajuda a apurar os reflexos dos aspirantes a campeões.

RALI, KARTÓDROMOS E TEIMOSIA

Não à toa, a Finlândia produziu nada menos que seis campeões mundiais de rali, contra três de F-1. Enquanto o país não demonstra o mínimo interesse em receber um GP, a etapa do Mundial de Rali é uma das mais importantes (e desafiadoras) do calendário. Disputada no verão, em estradas de terra, a competição é famosa pelos saltos que fazem os carros decolarem, pelos poucos pilotos não nórdicos que já se sagraram vitoriosos e pela especial de Ouninpohja, uma das mais clássicas da modalidade.

Por causa da neve, os snowmobiles (motos de neve) são opções comuns de transporte e também uma categoria esportiva.

Mas os finlandeses que escolhem correr no asfalto têm à disposição um sem-número de kartódromos para treinar suas habilidades. Karts são populares por lá desde os anos 1960, sendo que dificilmente alguém chega à F-1 sem ter passado pela categoria na infância.

Por fim, o terceiro ingrediente do milagre finlandês é o perfil meio “cabeça dura”, meio “cabeça fria” da população. Não à toa, a pátria de Kimi “Ice Man” Raikkonen é conhecida por seus habitantes teimosos e que não se deixam levar pelas emoções. Essa frieza é fundamental para não sucumbir à pressão a que os pilotos são submetidos dentro e fora do cockpit.

BAILE NA CHUVA

Curiosamente, foi o pai de Nico Rosberg, Keke, quem deu início à invasão finlandesa na categoria. Keke nasceu em Estocolmo, mas mudou-se para o país vizinho ainda criança. Atraiu os olhos da F-1 durante um evento que não contava pontos para o campeonato, o International Trophy de 1978. Enquanto a chuva torrencial que caía em Silverstone eliminava os favoritos, Keke assumiu a liderança e venceu sem sustos pela diminuta equipe Theodore. E foi campeão em 1982.

Ao se aposentar, Keke atuou como empresário de promessas finlandesas, como JJ Lehto e Mika Hakkinen —este último, bicampeão mundial na F-1.

Ainda é cedo para saber se Bottas vai se alinhar aos grandes nomes do esporte de seu país ou às promessas que não deram certo, como Salo e Heikki Kovalainen. O fato é que sua chegada a uma equipe competitiva, vindo do país que veio, não constitui surpresa.

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